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21 de novembro de 2012

Mifesto e Diniesta

O conto a seguir foi criado por mim (como todos que posto aqui no blog) baseado em mitologia grega. "Mifesto e Diniesta" foi criado com o intuito de ter muitas mensagens e lições valiosas, semelhante aos vários mitos gregos e inclusive aos contos de fadas.

Criado originalmente no meu outro blog (Deuses antigos, para dar uma olhada Clique aqui), porem por ser uma criação literária minha, achei interessante apresenta-lo também aqui no biblioteca de autores, por ter como qualquer texto que escrevo valor literário e fazer parte do meu cada vez maior arsenal de historias. Boa leitura!

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Em Delos vivia um casal de jovens que nutriam um pelo outro um enorme amor. Diniesta era uma moça bela e pura, possuía toda a beleza que as mulheres possuem quando estão na flor da idade. Mifesto, seu noivo era uma pessoa simpática e honesta. Os dois estavam prestes a se casar, porem poucos dias antes do casamento um imprevisto aconteceu. Chegou a noticia que o pai Mifesto, Daviste, estava muito doente, e suas forças o abandonavam a cada dia.

Preocupado com a situação, Mifesto decidiu partir para Atenas, aonde seu pai vivia. Ele pediu a sua noiva que esperasse pois assim que voltasse de viagem o casamento dos dois seria consumado. Diniesta ficou muito triste, mas compreendendo a grave situação do marido deixou-o ir.

No dia seguinte a ida do marido, Diniesta pegou todas suas joias e colares de ouro, foi ate o ferreiro da cidade e pediu a ele que derrete-se o ouro e com ele fizesse uma estatua de Hera. O ferreiro aceitou o trabalho, e ao fim de cinco dias e de cinco noites, deu a noiva uma estatua em miniatura da deusa.

Diniesta ofereceu a estatua de ouro a Hera, pedindo-a que cuidasse de seu noivo em sua viagem, e que o trouxesse em segurança de volta para ela.

Do alto do Olimpo a deusa dos casamentos ouviu as preces de Diniesta. Comovida com todo o amor desta e pelo fato dela ter se desfeito de suas preciosas joias, que eram de grande valor, para pedir o regresso do noivo, Hera consentiu em ajudar a mortal. A deusa pediu ao vento Zefiro que soprasse forte e assim fizesse com que o navio que transportava Mifesto chegasse rapidamente ao seu destino.

Quando Mifesto chegou em Atenas ele visitou seu pai. Daviste, estava deitado em sua cama, fraco, os anos já a muito pesavam em suas costas e a hora dele morrer era próxima. Por trés dias o filho ficou ao lado do pai, velando seu sono e lhe atendendo a todos os desejos. Porem ao amanhecer do quarto dia, Daviste estava morto.

Hera novamente tentou intervir. Apos passar tanto tempo observando o noivo, ficou tocada por saber que seu casamento seria repleto de lagrimas pela morte de Daviste. Assim ela convocou a Isis, a mensageira dos deuses, e lhe pediu para que fosse ao mundo subterrâneo para falar com Hades e lhe pedisse que devolvesse o homem ao mundo dos vivos.

E a deusa foi. chegando ao mundo subterrâneo  ela lhe transmitiu a mensagem de Hera. Hades porem, já tinha a alma do falecido em seu poder, e regressa-la ao mundo dos vivos seria abrir mão do que era, por direito seu. O deus recusou ao pedido de Hera, e assim Isis voltou ao Olimpo para trazer a deusa as más noticias.

Hera ficou furiosa, mas sabia que nada que fizesse faria o senhor do mundo subterrâneo mudar de opinião  Abalada em ver a tristeza de Mifesto, Hera enviou novamente Isis ao mundo inferior, desta vez pedindo-lhe ir ate Hipnos e pedir ao deus dos sonhos que ao menos deixasse pai e filho se reencontrarem em um sonho.

Hipnos aceitou. E na quinta noite, Mifesto dormiu entre lagrimas, enquanto recordava do pai. Ao dormir o noivo sonhou com seu pai, mas não como da ultima vez que o vira. Mifesto viu Daviste com as forças renovadas e cheio de energia. Pai e filho se abraçaram e Daviste pediu ao filho que limpasse suas lagrimas e voltasse a sua terra pois la sua noiva o esperava. Disse-lhe que ele não podia chorar mais pelo passado e sim pensar no lindo futuro que teria com sua mulher.

No amanhecer do outro dia Mifesto acordou disposto e determinado. Ele foi ate o porto determinado a voltar o mais rápido possível para os braços de Diniesta. Chegando lá pediu para viajar no primeiro barco que fosse a Delos. Os capitões porem estavam temerosos e nenhum ousava viajar naqueles dias. Os mares estavam turbulentos e agitados e entrar nas águas e enfrentar um mar desses era o mesmo que enfrentar a ira de Poseidon.

Mifesto procurou por todos os capotões de Atenas, mas eles diziam sempre a mesma coisa. O jovem já estava perdendo as esperanças quando um capitão mais forte e valente que os demais aceitou seu pedido. Meferon era seu nome, ele dizia não temer o mar por mais raivoso e impiedoso que ele fosse, pois nem mesmo Poseidon conseguiria impedi-lo de atravessar as águas  Mifesto pagou uma grande quantia em dinheiro para que pudesse viajar no navio de Meferon, então, naquele mesmo dia eles e os demais tripulantes partiram com os mares agitados a os aguardar.

Poseidon ouvindo as palavras de Meferon e irado com sua ousadia decidiu punir o capitão Ateniense. O deus lançou uma forte tempestade, porem o capitão mestre em sua arte comandou habilmente o navio e assim passou ileso pela perigosa provação. O deus ficou furioso, decidiu a acabar com o mortal, mas sabendo que a tempestade falha-rá mudou de estrategia. Fez com que as águas se tornassem calmas e inertes, e ordenou que os ventos parassem de soprar. Uma grande calmaria se fez, impedindo o avanço do navio e ameaçando matar a todos de fome.

Meferon porem não se intimidou. Ordenou que todos seus homens pegassem nos remos e juntos, usando apenas as forças de seus braços eles moveram o navio pelas águas Poseidon já estava ficando desesperado, o navio de Meferon chegaria em Delos em questão de poucos dias. O deus temia ser derrotado por um mero mortal em seus próprios domínios. Ele então lançou sua mais poderosa arma contra Meferon, algo tão destruidor que nenhum homem poderia resistir, as sereias.

Quando navegavam tranquilos e certos de sua chegada em segurança os tripulantes começaram a ouvir um canto distante. Era um som divino que dançava no ar e os encantava, uma melodia doce e convidativa. Nem mesmo Meferon conseguiu resistir a magia daquela musica. Ordenou para que navegassem em direção ao som. O navio seguiu este rumo e logo todos viram uma linda corte de sereias, elas estavam nuas, com os cabelos ondulando livremente ao vento, sentadas em uma cadeira de rochas pontiagudas. O navio se aproximou mais e mais das sereias. Os homens ao velas ficaram ainda mais apaixonados e navegaram com ainda mais fervor.

Antes mesmo que qualquer um desse conta o casco do navio se chocou contra as rochas, então era tarde demais. Em questão de minutos ele afundou levando todos junto. Meferon ousado e imprudente em sua astucia, condenou a todos por seu erro.

Do alto do Olimpo Hera que a tudo observava ao ver o perigo em que Mifesto se encontrava a deusa interviu. Ordenou ao vento Zefiro que intervisse novamente e tirassem o jovem do mar e o levassem em segurança para ilha de Delos.

Ao chegar em casa em segurança Mifesto finalmente se casou com Diniesta. Festas honrosas foram formadas. Hera para consagrar o amor do novo casal lhes presenteou com ricas joias e acessórios de ouro.

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